29 de nov. de 2009

Destino final de resíduos sólidos

Glauber de Andrade Lacerda da Anunciação


O destino final do lixo sempre foi um problema para as grandes cidades, ainda mais com o aumento populacional tendo como o grande responsável o êxodo rural que se iniciou no Brasil a partir da década de 40 especificamente na região Sudeste.
Os aterros sanitários segundo a Comlurb surgiram como solução mais simples e de menor custo operacional para o tratamento final do lixo. Seguindo métodos adotados em localidades próximas a Londres, na Inglaterra, a cidade do Rio de Janeiro ganha em 1933 o aterro da Praia do Retiro Saudoso e Parada do Amorim, no Caju. O lixo recolhido era espalhado pelo terreno pantanoso e coberto por uma camada de barro e areia extraídos do cemitério de São Francisco Xavier. O Rio de Janeiro é o maior usuário do Aterro Metropolitano, espaço criado em 1976 em uma área de 1.300.000 m2. Para lá são levadas em média 6.700 toneladas de lixo por dia.
Nas demais áreas urbanas deveriam ser baseadas o modelo de destinação dos resíduos sólido junto à empresa, Para Dudas (Laerty Dudas – Coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria do Meio Ambiente do Paraná):

É inadmissível que você pague R$ 2 mil ou R$ 2,5 mil para acondicionar resíduos da Firestone ou Michelin. Com esse dinheiro é possível pintar uma escola, ou comprar um computador por mês. Quando a prefeitura cede espaço e verba para acondicionar pneu, a indústria só tem a agradecer.
Reaproveitar o recurso ($) para o planejamento da cidade nos setores de prestação de serviços para beneficiar a população local com as verbas que são passadas na maioria das vezes superfaturadas seria ideal para a sociedade em geral.
Outro Problema que assola as diversas áreas urbanas Segundo Dudas é a AmBev:
Ela precisa apresentar para nós a justificativa da sustentabilidade da embalagem tipo long neck. Já fizemos a denúncia no Ministério Público. A Ambev percebeu que a logística reversa da embalagem long neck é insustentável. Comercialmente, entretanto, a long neck concorre com o alumínio. Alguns componentes químicos foram retirados da garrafa, assim ela ficou com menos peso. Essa embalagem não tem pressão para ser envasada mais de uma vez, por isso é descartada para o meio ambiente. Esse produto não tem preço, logo ele é ruim para o meio ambiente.
Com as adoções dessas estratégias, diminui-se a quantidade de medidas a serem implementadas para adequar a área e às exigências da legislação ambiental, reduzindo-se ao máximo os gastos com o investimento
A coleta, o tratamento e a disposição final dos resíduos são indispensáveis para o bem-estar do ser humano. No que se refere à saúde pública, faz necessária a minimização da geração através de métodos de tratamento e disposição final, tais como redução mássica e volumétrica, controle de emissões líquidas e gasosas visando restringir, dessa forma, os impactos causados e conseqüentemente a degradação ambiental, além de minimizar a possibilidade de contaminação do solo, ar e águas superficiais e subterrâneas, na medida em que os depósitos de resíduos, ou seja, os lixões a céu aberto assumem dimensões que fogem ao controles. Conclui-se que são poucos os municípios fluminenses que implantaram, estão implantando, ou, planejando a instalação de usinas ou sistemas de beneficiamento de resíduos sólidos. Pois, uma das principais dificuldades de se empreender uma ação concreta de beneficiamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, além dos problemas políticos, econômicos e administrativos, reside na ausência de informações técnicas compatíveis com as dimensões e características das localidades interessadas.
As razões mais comuns para o não funcionamento das usinas de modo geral, são: as questões operacionais, aspectos econômicos e legais, além do interesse político dos governantes. O método mais adequado de resíduos sólidos cuja ações a serem implementadas estão em estimular o estabelecimento de parcerias entre o poder público, setor produtivo e a sociedade civil, através de iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável, implementar a gestão diferenciada para resíduos domiciliares, comerciais, rurais, industriais, estimular a destinação final adequada dos resíduos sólidos urbanos de forma compatível com a saúde pública e a conservação do meio ambiente, entre outras.
Verificar ou acrescentar esses métodos no plano diretor da Cidade e fiscalizar através de órgãos competentes se estão sendo seguidas as ações de destinação do método mais adequado.

Glauber de A. L. da Anunciação
Professor de Geografia
glauberanunciado@yahoo.com.br

Referência Bibliográfica

http://lixomil.vilabol.uol.com.br/ acesso em: 27/11/09
http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/3668
acesso em: 27/11/09
http://comlurb.rio.rj.gov.br/ma_mambiente.htm#potencial_bio_gas
acesso em: 27/11/09
http://funverde.wordpress.com/category/residuos-solidos/
acesso em: 27/11/09
Cunha,E.R. Diagnóstico e proposta de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos da Sede do Município de Curuçá/Pa,2007.
Dagnino, Ricardo S. PANORAMA DAS USINAS DE BENEFICIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.2000. http://www.artigos.com/artigos/sociedade/residuos-solidos:-lixo-ou-materia%11prima?-687/artigo/ acesso em: 27/11/09.
Monteiro, José H. P. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: IBAM, 2001.

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